quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A máquina de fazer doido e o Brasil de sempre

Besteirol televisivo
Era como Stanislaw Ponte Preta chamava a televisão: máquina de fazer doido. Doido e ignorante.
O velho professor do Penedo não costuma assistir televisão. Mas quando assiste, meus amigos, não se decepciona: o besteirol campeia. Alguns exemplos.
·         Outro dia, na Globo News, um apresentador falava sobre um instrumento musical russo, criado em 1928, que toca sem o contato da pessoa. Você gesticula e o bichão faz o som. Até aí, tudo bem. Mas o apresentador acrescentou: Lenin ficou tão entusiasmado com a invenção, que mandou distribuir o tal instrumento por toda a Europa. Seria, na opinião do líder soviético, a prova cabal da superioridade tecnológica comunista – disse o locutor. O apresentador só não informou que Lenin morrera em 1924 – quatro anos antes da invenção do tal instrumento musical!

·         A Globo News tem uma correspondente em Paris que fala sistematicamente “É-rópa” e, não, Europa. “Aqui, na É-rópa...” A mesma correspondente não diz “boa noite” e, sim, “bá noite”. É só reparar

·         Não há nada mais imbecil e calhorda que o BBB! Há apresentador mais idiota que o Bial?

O Brasil é um país inacreditável

Um figurão da República morreu na fila de um hospital privado, em Brasília. Não procurou hospital público, claro, mas lá talvez ele fosse ser atendido. “Tia” Dilma mandou fazer uma rigorosa sindicância, afinal o falecido era do PT. E os tantos pobres que morrem quase diariamente sem qualquer atendimento?
A corrupção campeia no Brasil, mas há corrupções intoleráveis:
·         Roubo e desvio de verba para merenda escolar;

·         Roubo e desvio de verba para a compra de remédios;

·         Roubo e desvio de verba para vítimas de enchentes;

·         Roubo e desvio de verba para obras contra secas, que inferniza a vida de milhões de nordestinos. Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), concluído em dezembro de 2011, aponta prejuízos de R$ 312 milhões na gestão de pessoal e em contratações irregulares do DNOCS. O relatório de 252 páginas revela uma sucessão de pagamentos superfaturados, contratos com preços superestimados e “inércia” da direção do órgão para sanar irregularidades que prosperaram ao longo da última década.

·         Anos atrás, em Brasília, a cúpula do Ginásio Nilson Nelson desabou. Fizeram um inquérito, mas até hoje não se sabe a causa do sinistro.

·         Bueiros explodiram no Rio de Janeiro e, agora, em São Paulo. No Rio, um casal de turistas foi atingido por uma dessas explosões: os dois morreram.

·         Agora, três prédios desabaram no Rio de Janeiro.

·         Agora, me digam: com tanta corrupção, desvio de dinheiro e sinistros, alguém pode confiar na, digamos, “firmeza” dos estádios que estão sendo feitos para a Copa?

·         Semana que vem, falo das guerras internas no Sudão e em Ruanda. Eh, mundo bão!

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Semana passada, o velho professor do Penedo foi assistir um show do Milton Nascimento. Uma das músicas que ele cantou foi “Coração de estudante”.


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