quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ler e ouvir Nana e Dori Caymmi


Ler é fundamental (Final)

Qual é o grande “bem” da humanidade? Qual é o grande “patrimônio” dos homens? O grande bem da humanidade é uma invenção dos gregos. O grande patrimônio dos homens é a liberdade, a democracia.

Como assinalou o filósofo grego Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), “o princípio essencial do governo democrático é a liberdade; a liberdade, afirma-se, é o tema de toda a democracia”.

Há muitas definições de democracia. Mas a melhor definição é aquela em que democracia significa, antes de tudo, liberdade, principalmente a liberdade de pensar e de dizer, sem restrições ou medo, o que foi pensado. Portanto, a democracia tem com o fundamento e depende, acima de tudo, da nossa real capacidade de pensar e falar por nós mesmos, sem restrições ou limitações. Mas há, ainda, um outra questão: democracia é o reconhecimento de que o outro também pode exercer a liberdade de pensar e falar, sem restrições ou limitações. Como disse Rosa Luxemburgo: “A liberdade é sempre a liberdade daquele que pensa diferente”.

É claro que a luta pela liberdade – a liberdade plena – é uma luta constante, permanente, diária, da qual não podemos renunciar nunca. Mas liberdade plena é alcançável? Millôr Fernandes tinha uma definição de liberdade: “Liberdade é torcer pelo Vasco na arquibancada do Flamengo”.

O maior de todos os nossos direitos é o direito de pensar e falar, sem quaisquer restrições ou limites. Quem não é capaz de pensar bem não é capaz de lutar pela liberdade.

Possuir capacidade real de pensar por nós mesmos constitui um valor absoluto, universal, irrenunciável. Possuir capacidade real de pensar por nós mesmos impede que alguém, um grupo, um partido político ou um sistema político ou ideológico se sinta no direito de pensar por nós.

Quando, por uma razão ou outra, nós renunciamos à nossa capacidade real de pensar, permitindo que alguém, um partido ou um sistema pense por nós, na verdade estamos, tenhamos ou não consciência disso, renunciando ao grande patrimônio criado pelo homem: a democracia, ou seja, a liberdade.

Quando aceitamos, tal e qual, a informação que nos chega, estamos não só renunciando à nossa capacidade real de pensar, como estamos dando a um sistema – no caso, a mídia, ou parte dela -, o direito de pensar por nós. Capacidade real de pensar significa capacidade de refletir criticamente sobre a realidade que nos cerca, formulando juízos e julgamentos. Ter capacidade real de pensar é ter capacidade real de decidir, julgar, influir, planejar, optar, de refletir criticamente – e esta é a particularidade que distingue o homem dos demais seres vivos. O homem é o único ser vivo que possui a capacidade superior de pensar.

Ninguém desenvolve e exerce a capacidade real de pensar sem ler. Só a leitura nos fornece os meios necessários ao exercício pleno da nossa capacidade de pensar por nós mesmos.

Não esqueçam nunca. As ditaduras e os ditadores odeiam os livros e as pessoas capazes de pensar livremente. Em 1939, uma parte do povo alemão dispensou os livros – daí os espetáculos de queima dos livros nas praças públicas – porque já haviam renunciado à capacidade plena e livre de pensar. Hitler iria pensar pelo povo alemão. O mesmo ocorreu na era stalinista da União Soviética.

Em síntese, a leitura nos fornece e permite ter:

·         Clarividência;

·         Bons pensamentos;

·         Consciência da liberdade.

Pensem nisso!

*****

Y así pasan los días (3)

1 – Deu no Elio Gaspari: Lula telefonou ao Eike Batista hipotecando solidariedade ao amigo e ao filho deste, que atropelou e matou um popular que transitava de bicicleta pelo acostamento de uma estrada do Estado do Rio. Bonito. Segundo Gaspari, Lula não fez o mesmo com a família do popular atropelado e morto.

2 – Instalada a CPI Mista do Cachoeira. Collor, um dos seus membros, informou que vai ser um guardião do sigilo de certas informações que vão ser discutidas pela CPI. Aproveitou para criticar a imprensa.

3 – Aprovado o novo Código Florestal. Desde 1934, a legislação brasileira sobre proteção ambiental veio evoluindo positivamente. Este novo Código Florestal, ditado ao Brasil pelos ruralistas, representa um retrocesso de mais de 80 anos. “Tia” Dilma precisa vetar o novo Código Florestal integralmente!

4 – Morreram Jorge Goulart, Ademilde Fonseca, Chico Anísio, Millôr, Sarraceni e, agora, o vascaíno Dicró. A bruxa está à solta!

5 – Este velho professor do Penedo estará participando da Flipoços – Feira de Livros de Poços de Caldas, no próximo dia 5 de maio. Participarão da mesa, além do velho professor do Penedo, a escritora Rogéria Gomes e o radialista Flávio Araújo.



*****

Com vocês, Nana Caymmi & Dori Caymmi!

Filhos do grande Dorival Caymmi, Nana é, ao lado de Maria Bethania, a grande diva da música popular brasileira de hoje. Dori é um grande músico e compositor.


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ainda a leitura, dias que passam e Dolores

Ler é fundamental (2ª parte)

Disse, anteriormente, que a clarividência nos fornece as condições de ver além do “nevoeiro das aparências”. Disse, também, que a clarividência não é um sentido natural do homem, como o olfato, a visão, o paladar. Clarividência se adquire através da leitura dos bons livros, escritos por bons escritores.

Um exemplo: em “Otelo”, Shakespeare elabora um belíssimo estudo sobre a inveja e o ciúme. Inveja é diferente, por exemplo, da cobiça. Inveja é não querer que o outro possua algo (ou alguém) que eu não possa ter. Cobiça é o que move o roubo: por cobiça, eu roubo algo que pertence a outro. A inveja, não, por isso é um sentimento destrutivo e inconfessável. Ciúme, por sua vez, vincula-se ao sentimento da posse. Eu sinto ciúme em relação a algo (ou alguém) porque vejo nesse algo (ou nesse alguém) um objeto (ou pessoa) que me pertence. Pois bem, em “Otelo”, Shakespeare trabalha, de um lado, com a inveja de Iago (que inveja Otelo porque este “possui” Desdêmona) e o ciúme de Otelo (que supõe que a “sua” Desdêmona o traiu com Iago), que o leva a matar e a suicidar-se.

“Otelo” é uma grande peça, uma das maiores de Shakespeare, porque não descamba para o “ensaísmo”, embora penetre intimamente na alma humana.

Hoje, vamos desenvolver aqui o segundo motivo que explica a afirmação de que “ler é fundamental”.

Todos nós, de uma maneira ou de outra, desejamos ter “bons pensamentos”. Ter “bons pensamentos” significa, antes de tudo, possuir o melhor e o mais útil instrumental da nossa vida criativa.

A criação intelectual depende e tem por base os “bons pensamentos” – que também podemos chamar de “pensamentos fecundos”. Como disse Otto Lara Rezende, “escrever bem é pensar bem”.

Ter “bons pensamentos”, portanto, é pensar bem. Pensar bem é pensar com criatividade, clareza e precisão. Parafraseando Otto Lara Rezende, criar bem é ter “bons pensamentos”, ou seja, é pensar bem. Dito de outro modo, só é capaz de criar quem pensa bem, ou seja, quem tem “bons pensamentos”.

Certa vez, ao responder a uma pergunta durante um debate na universidade, este Velho Professor do Penedo disse o seguinte:

·        Há pessoas que pensam o “já pensado”. São as pessoas presas na repetição. São as pessoas que não desenvolveram a clarividência.

·        Há pessoas que pensam o “não pensado”. São as pessoas que realmente criam novos pensamentos ou novas formas e maneiras de pensamento.

·        Há pessoas que pensam o “impensável”. São as pessoas que pensam o que os outros, por limitações diversas, seriam incapazes de pensar.

As pessoas capazes de criar, de pensar bem, de ter bons pensamentos, são as pessoas capazes de pensar o “não pensado” ou o “impensável”, ou seja, de pensar o novo, o criativo, o inovativo, aquilo que ainda não se tinha pensado ou de pensar aquilo que ainda não se tinha ousado pensar.

Contudo, não é possível ter “bons pensamentos” sem se recorrer e utilizar a nossa herança cultural, ao acúmulo cultural da humanidade, do qual somos herdeiros.

São os livros que preservam, guardam e armazenam a maior parte da herança cultural da história de um povo e da história da humanidade. Pensar bem é, antes de tudo, ter ou guardar a memória da herança de um povo e da humanidade.

(Continua)

*****

Y así pasan los días (2)

1 – A CPI do Cachoeira promete. Alguns membros da Comissão: Renan, Collor, Gim Argelo, Jucá. Só faltaram o Maluf e o Tiririca.

2 – “Tia” Dilma entrou na lista das cem pessoas mais influentes do planeta. Bonito. Mas sabem quem entrou na lista também? Kim Jong-Un, o Líder Supremo da Coréia do Norte. Isto a Rede Globo não deu, mas é verdade.

3 – Apenas 30 mil pessoas em todo o Brasil foram assistir o filme “Heleno”. Um fiasco. Por  livros e filmes sobre o futebol, esporte tão caro ao brasileiro, não vendem e não caem no gosto do público?
4 - A charge do dias



*****

Dolores Duran canta “Tião” (1957)

Além de excelente cantora, Dolores Duran foi uma grande compositora. Com Tom Jobim, compôs duas obras-primas: “Estrada do Sol” e “Por causa de você”. Sozinha, compôs “A noite do meu bem”, “Fim de caso”, “Solidão” e “Castigo”. Nesta última, Segundo o também compositor Antonio Maria, ela disse o que nenhum outro compositor ou letrista soube dizer antes:

A gente briga

Diz tanta coisa que não quer dizer

Briga pensando que não vai sofrer

Que não faz mal se tudo terminar

Há coisa mais simples e bonita que isso? Dolores Duran é uma das minhas divas (V. “As Divas do Rádio Nacional”, Rio, Casa da Palavra, 2010).

No vídeo, ela canta “Tião”, de Jorge de Castro e Wilson Batista.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Leitura, textos inesquecíveis e vida que segue

Ler é fundamental (1ª parte)

Segundo a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, realizada, em 2011, pelo Ibope Inteligência com o Instituto Pró-livro, o número de brasileiros que afirma ter lido pelo menos um livro a cada três meses diminuiu em relação a 2007. O número de livros lidos pelo brasileiro por ano, que inclui as obras indicadas pelas escolas, também caiu – de 4,7, em 2007, por pessoa para 4, em 2011. A verdade é que, entre os vinte países mais ricos do planeta, o Brasil é o que lê menos. Na América Latina, o brasileiro lê menos que o cubano, o argentino, o chileno e o mexicano.

E, no entanto, não há alternativa à leitura. E por que ler é fundamental? Esta pergunta exige três ordens de considerações.

1 – Hoje, uma quantidade imensa de informação (via TV, internet, redes sociais, rádios, jornais, revistas, etc.) encontra-se ao nosso alcance. A informação circula pelo mundo numa velocidade impressionante, até mesmo em tempo real. Mas a informação, apenas ela, basta à nossa compreensão do mundo? Apenas a informação é suficiente para compreendermos o que se passa ao nosso redor? In formação, sabemos, é essencial – mas apenas a informação nos permite mergulhar no entendimento dos fatos?

A verdade é que, embora essencial, a informação, ela apenas, não nos permite compreender o mundo. Mesmo em grande volume, a informação não basta nem é suficiente à nossa compreensão do mundo. À vezes, o excesso de informação (afora, é claro, a informação truncada e deformada) serve apenas para nos confundir ainda mais.

Precisamos possuir, portanto, um atributo a mais, que nos permita, de fato, interpretar e ir além da mera informação ou daquilo que nos diz a informação.

Que atributo é esse? Esse atributo é a “clarividência”.

É essencial que o indivíduo seja capaz de “decantar” a informação que recebe, buscando, com clarividência, os meios necessários para interpretá-la corretamente. A informação só é útil quando devidamente interpretada. Contudo, o indivíduo somente poderá interpretar corretamente a informação que recebe, na quantidade que recebe, se possuir um mínimo de clarividência.

Dito de outra maneira: a clarividência nos permite purificar ou decantar a informação que recebemos. A clarividência nos ensina a buscar na informação os elementos essenciais e indispensáveis ao nosso esforço de entendimento da realidade que nos cerca.

Mas, afinal, o que é clarividência.

Clarividente é a pessoa que vê com clareza. Logo, clarividência é a capacidade de ver com clareza, ou seja, é não se deixar envolver pelo “nevoeiro das aparências”, que, em geral, encobre o significado verdadeiro dos fatos e das coisas. Não esqueçam: é próprio do pensamento científico a capacidade de distinguir entre a aparência e a essência dos fenômenos.

A aparência, em geral, nós captamos através dos nossos sentidos. Ver apenas os fenômenos, ou seja, se submeter à aparência dos fenômenos, não nos garante compreender o significado real dos fenômenos. A essência nós só captamos mediante um processo cognitivo superior, que nos conduz à interpretação do fenômeno e à compreensão do seu significado real. Como disse Karl Marx: “Se a aparência e a essência dos fenômenos coincidissem perfeitamente, a ciência seria desnecessária”.

Todos os homens são potencialmente clarividentes. Podemos até dizer que todos os homens são, mais ou menos, clarividentes. Se a clarividência não é (como a visão, o tato, o olfato) um sentido humano, podemos dizer que ela é, de fato, uma criação (melhor: uma conquista) do homem, que se efetiva em algo que lhe é inerente ou potencial. A clarividência, portanto, pode ser criada e desenvolvida. Ou seja: a clarividência é a matéria-prima da criação do saber.

Clarividência é algo que só se adquire através da leitura. A leitura dos bons livros, dos bons autores nos permite acumular uma capacidade especial. Que capacidade é essa? É a capacidade de refletir, de perceber, em meio à aparência, o real significado (a essência) dos fenômenos. Esta maior capacidade de refletir, de perceber e de interpretar o real constitui o que chamamos de clarividência – e dela deriva a criação do saber, do conhecimento.

A leitura dos bons livros e dos bons autores dá ao indivíduo capacidade de refletir e interpretar a realidade. Tal capacidade adquirida pela leitura é a clarividência. Nada, portanto, substitui a leitura. Sem boas leituras, que formam a clarividência, o indivíduo fica à mercê da enxurrada de informações que se recebe diariamente.

(Continua)

***

Textos que dizem tudo (1)

Os textos abaixo fazem parte de uma coleção que faço há décadas. São textos de autores da língua portuguesa, textos que eu gostaria de ter escrito. Textos que são pérolas. Curtam comigo. E, se assim desejarem, mandem suas sugestões.



1. Quincas Borba, do Machado de Assis.

Ao vencedor, as batatas.

2. Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos.

Apedreja essa mão vil que te afaga.

Escarra nessa boca que te beija.

3. Via Láctea, de Olavo Bilac.

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto,
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite enquanto

A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E ao vir do Sol, saudoso e em pranto
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado-amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem pode ter ouvido
Capaz de ouvir e entender estrelas”.

4. Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade.

Meus ombros suportam o mundo
E ele não pesa mais que a mão de uma criança

5. Pneumotórax, de Manuel Bandeira.

A vida que podia ter sido... e não foi.

6. A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães.

O coração é livre, ninguém pode escravizá-lo, nem mesmo o próprio dono.

7. Soneto da fidelidade, de Vinícius de Moraes.

... E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama...

(...)

Que não seja imortal, posto que é chama,

Mas que seja infinito enquanto dure.

8. Poeminha do contra, de Mario Quintana.

Todos esses que aqui estão atravancando o meu caminho, eles passarão... e eu passarinho!

9. Poema isto, de Fernando Pessoa.

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação,
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

10. O tempo e o vento, de Érico Veríssimo.

Era uma noite fria de lua cheia. As estrelas cintilavam sobre a cidade de Santa Fé, que de tão quieta e deserta parecia um cemitério abandonado. Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até escutar o sereno na solidão.

11. Mundos oscilantes, de Adalgysa Nery.

Estavas tão imóvel dentro da tua tristeza

Que o vento balançou tua cabeleira

E tu não sentiste.

12. Viagem, de Cecília Meireles.

Eu canto porque o instante existe

E a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

Sou poeta.



*****



Y así pasan los días (2)

1.   Segundo os jornais e relatórios oficiais, 57,8% das famílias estão endividadas e mais de 20% inadimplentes. Enquanto isso, “tia” Dilma defende, no Brasil e no exterior, o crescimento via “consumo”, o que, em última análise, significa mais endividamento.



2.   Novas chuvas na região serrana. Um ano e três meses depois da maior tragédia natural do Brasil – a enxurrada que deixou um saldo de mais de 900 mortos na Região Serrana -, as casas populares prometidas para os moradores de áreas de risco não foram entregues. Só em Teresópolis, onde cinco pessoas morreram com os desabamentos provocadas pelas chuvas recentes, há dez mil famílias vivendo em regiões sujeitas a deslizamentos e transbordamentos de rios. Quando “tia” Dilma e o governador Sérgio Cabral estiveram na região, ano passado, prometeram mundos e fundos. Agora, nenhum dos dois deu as caras.



3.   Levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça revela que 43% dos jovens que cumprem medidas socioeducativas são reincidentes e cometeram infrações mais graves no momento da segunda internação.



4.   Membros da Comissão de Ética do Senado: Lobão Júnior, Gim Argello, Renan, Jucá – e por aí vai. Bonito mesmo foi o Sarney dizendo que as acusações contra Demóstenes Torres eram muito graves e mereciam apuração.



5.   E o Mensalão? Vai ou não vai ser julgado pelo STF?



6.   E o STJ, heim? Absolveu um sujeito acusado de estuprar uma menor de 12 anos sob a alegação que a menina “fazia comércio do corpo”. Podemos acreditar na justiça brasileira?

***


Hoje, com vocês, Adoniran Barbosa, nas vozes dos Demônios da Garoa.