quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sociedade do medo


O medo não é um bom conselheiro de vida

O assassinato de 27 pessoas, entre as quais 20 crianças entre cinco e dez anos, na cidade de Newtown, no estado de Connecticut, EUA, impõs reflexões, mas, antes de tudo, o episódio evidencia que vivemos hoje num ambiente global de medo.

Balas perdidas, assaltos, trânsito caótico, postos de saúde carentes de médicos, remédios e condições mínimas de funcionamento, escolas que não ensinam e criam hordas de analfabetos funcionais, ônibus abordados por bandidos e incendiados nas vias públicas, crise econômica permanente, inoperância e omissão das autoridades – tudo isto (e muito mais) forma um cenário onde nós, os cidadãos comuns, somos obrigados a viver, a conviver e, sobretudo, temer. O que nos anima, portanto, é a sensação de medo. E a certeza de que nada podemos fazer, de que nada nos resta fazer. Criamos uma civilização infeliz, dominada pelo medo.

·         Cá no Brasil, 238 jovens morreram queimados, intoxicados e pisoteados quando uma boite (sem condições mínimas de funcionamento) permitiu que um conjunto musical – musical? – utilizasse em recinto fechado fogos de artíficio. Um crime que se confunde com a imbecilidade.

·         Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, acusados de atos reprováveis na gestão do dinheiro público, foram eleitos (por seus pares) respectivamente presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

·         A Petrobrás, um dos grandes patrimônios do povo brasileiro, uma conquista histórica da nacionalidade, sofre nas mãos de administrações irresponsáveis, incompetentes e condenáveis.

·         O Fantástico apresentou um programa demolidor sobre as obras da transposição do Rio São Francisco. O Velhote do Penedo postou-a no seu blog. Um amigo meu, residente em São Paulo, esteve aqui em Brasília e me chamou a atenção para um fato: embora demolidora, a reportagem-denúncia não provocou nenhuma repercussão! Por quê? Por que os defensores da transposição não questionaram ou responderam os fatos denunciados (e mostrados) na reportagem do Fantástico? Por quê?

·         E a inflação, minha gente!
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É hora, minha gente, de ouvir a grande Beth Carvalho cantando músicas do grande Zé Kéti.

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