domingo, 11 de dezembro de 2011

Estamos longe do futuro, mas o governo quer nos enganar (3)

A leitura das revistas semanais nos conta, sem retoques, uma pouco da história brasileira – em especial, a história do projeto petista de poder.
Na revista Época (nº 708), o ministro Fernando Pimentel dá entrevista – e procura provar que nada fez de ilegal ao prestar consultorias quando deixou a prefeitura de Belo Horizonte.
Há quem diga, porém, que essas consultoria, que renderam R$ 2 milhões ao ministro, foram, no mínimo, estranhas ou mesmo aéticas, pois Fernando Pimentel, embora não fosse mais prefeito, era figura de peso no PT local e nacional, tanto que foi o coordenador da campanha da “tia” Dilma. O jornalista Elio Gaspari observou que se Palocci foi demitido, Pimentel também tem que sair. Questão de isonomia. Vamos ver os desdobramentos do caso nos próximos dias.
A revista IstoÉ (nº 2196) publica extensa matéria sobre o governador petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal: “A próspera família de Agnelo”.
O governador candango já responde a um processo de desvio do Ministério dos Esportes, agora tal inquérito deve envolver a sua família. Trecho da reportagem: “A Polícia Federal e o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas, NCOC, do Ministério Público do DF investigam o aumento vertiginoso do patrimônio da mãe, dos irmãos e até de um sobrinho de Agnelo”. Em três anos, o patrimônio da família do governador atingiu mais de R$ 10 milhões em bens (imóveis, fazenda, restaurantes e locadora). Levantamento da PF indica que os familiares de Agnelo não têm fonte de renda para justificar os negócios realizados nos últimos três anos.
A revista Veja (nº 2247), por sua vez, vai fundo: a revista teve acesso a conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça que revelam como o PT de José Dirceu se juntou a um notório estelionatário para falsificar documentos, denegrir a imagem de adversários e tentar enganar os ministros do Supremo Tribunal no caso do mensalão.
A revista CartaCapital (nº 676), por sua vez, nos fala sobre um escândalo que envolve ou envolveria José Serra. Tudo, diz a revista, está contado em detalhes no livro, que está sendo lançado, “A privataria tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. As acusações são pesadas – e envolvem propinas milionárias.
E aí?
O velho professor do Penedo tem por hábito ler semanalmente as quatro revistas, além de jornais diariamente. E fica pensando no seguinte: o que dirão, no futuro, os pesquisadores que se debruçarem sobre a vida política brasileira nos gloriosos anos do século XXI?
Ao lado disso tudo, há as notícias que nos falam do nosso desempenho econômico, à luz dos ensinamentos da “tia” Dilma e do “mestre” Mantega:
·        O PIB brasileiro teve, no último trimestre, crescimento ZERO. Nos trimestres anteriores, o crescimento fora de 0,8% e 0,6%. Estamos, pois, ladeira abaixo.
·        O governo, não sabendo o que fazer, baixou o IPI de geladeiras, fogões, lavadoras, buscando com isso “aquecer” a economia. A coisa ainda não deu certo, inclusive porque a inadimplência dos supostos consumidores brasileiros bateu todos os recordes, atingindo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a 41%.
·        Por tudo, o emprego na indústria brasileira caiu 0,4% em outubro, segundo O Globo.
·        Semana passada, o governo federal lançou um programa que visa o combate à epidemia do “crack” no Brasil. Bonito. Mas, hoje, domingo (11 de dezembro de 2011), o Correio Braziliense demonstrou que dos R$ 205,6 milhões de recursos alocados para este ano nos programas do Plano Brasil Sem Miséria, apenas pouco mais de R$ 1 milhão – 0,5% do total – foram efetivamente liberados. Sempre é bom lembrar que estão em situação de pobreza extrema 16,2 milhões de brasileiros, segundo o Censo 2010 do IBGE.
·        Detalhe: é considerada como de extrema pobreza a população com renda familiar per capita de até R$ 70 por mês (cada membro da família não pode ter renda superior a R$ 70 mensais). É o que especifica o decreto presidencial.
·        Outro detalhe: se numa família cada membro tiver renda superior a R$ 80 (ou mais), a família não será considerada de extrema pobreza. Ah, bom!
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Os grandes da MPB (8)
Hoje vamos ouvir o MPB4 cantar, com Cauby Peixoto, talvez o maior cantor brasileiro, a música “Conceição”, de Jair Amorim e Dunga.


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