domingo, 27 de janeiro de 2013

Bolsa familiar é emprego? Aparentemente para o governo é.


Os brasileiros que o Brasil esqueceu

“Tia” Dilma, o antecessor dela, ministros e comentaristas de rádio e TV (que não comentam nem analisam nada, apenas repetem o que o governo diz), vivem apregoando que mais de 30 milhões de brasileiros foram sacados da miséria nos dez anos de governos petistas. Dizem também que o Brasil é um dos raros países do mundo com pleno emprego.

Semanas passada o Correio Braziliense publicou uma série de reportagen sob o título “Os brasileiros que o Brasil esqueceu”. A primeira matéria (domingo, 20 de janeiro de 2013) diz o seguinte:

Como vive a parte do nosso povo que está no lado cruel das estatísticas, que sequer possui a certidão de nascimento? O Correio foi atrás e constatou: a situação é pior do que se imaginava.

Essa era a abertura da matéria. Alguns dados ilustravam a introdução:

·         49,3% dos brasileiros que hoje têm mais de 25 anos de idade não completaram sequer o ensino básico.

·         3,3 milhões de pessoas moram em casas sem energia elétrica.

·         31,1% das residências urbanas estão em ruas sem asfalto. Outra boa parte está em vias sem nome.

·         50,8% dos domicílios não têm acesso a água limpa (tratada e encanada) e a redes subterrâneas de esgoto.

Em relação ao chamado “pleno emprego”, diz o Correio:

O brasil que comemora a chegada do pleno emprego esquece, na visão dos analistas, que as estatísticas alardeadas pelo governo são apenas amostras dos grandes centros urbanos, onde a taxa de desocupação chegou a 4,9% em novembro do ano passado.

O velho professor do Penedo pede especial atenção dos leitores para o trecho seguinte:

O problema é que, ao mesmo tempo em que se comemora a força do mercado de trabalho, cerca de 20% das famílias brasileiras precisam receber o Bolsa Família para sobreviver, porque seus integrantes não têm qualquer renda.

Notaram? Das duas, uma: ou o governo desconsidera nos seus cálculos de desemprego cerca de 8 milhões de famílias (que equivale a 40 milhões de pessoas), que residem fora dos grandes centros ou, o que dá no mesmo, considera, para efeitos estatísticos, que ao receber bolsa família o cidadão está emprego. Será? O bolso família é emprego?

(Continuo ainda na presente semana)

2 comentários:

  1. Professor Ronaldo,cumprimentando-o, gostaria de retificar a data de falecimento de ÁLVARO LINS. Aqui consta 05 de junho de 1970, quando na verdade ocorreu em 04 de junho do mesmo ano.
    Obrigado.

    Walmiré Dimeron
    Editor, consultor cultural e membro do Instituto Histórico de Caruaru.

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  2. Caro Walmiré. Agradeço sua informação e informo que já corrigi o lapso nos meus arquivos sobre ALVARO LINS.

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