quarta-feira, 17 de julho de 2013

Exemplos práticos de vandalismo


O nosso Gheto de Varsóvia

Brasília, Rio e São Paulo — No mesmo ritmo em que as obras para a Copa do Mundo avançam, milhares de brasileiros são notificados, todos os dias, para que deixem suas casas. O “progresso” que passa à porta avisa que vai levar também janela, teto e o que mais não for retirado dentro do prazo estabelecido. Série de reportagens do Correio Braziliense mostra como o país do futebol tem preparado terreno para o Mundial do próximo ano.
Sem nenhuma explicação, funcionários de prefeituras das cidades sedes usam um método quase padrão e, no mínimo, questionável para delimitar o espaço das desapropriações: as casas que precisam sair do caminho são marcadas com tinta. No caso mais emblemático, a Secretaria Municipal de Habitação do Rio de Janeiro provocou pânico em diversas comunidades que viram, da noite para o dia, suas casas serem carimbadas com as iniciais do órgão SMH (Secretaria Municipal de Habitação) e um número.
“Eles chegam ameaçando todos os moradores, colocando prazo e dizendo que vão demolir as casas. Recebemos denúncias de que, em alguns casos, eles até dizem aos moradores que a prefeitura não os receberá se estiverem acompanhados por advogados”, acusa Maria Lúcia de Pontes, defensora pública do Rio de Janeiro. “O dever do poder público é incentivar as pessoas a procurarem os seus direitos, e o que é feito é justamente o contrário”, critica.
A prefeitura da cidade afirma ter feito 19.754 remoções até o momento, justificando que a maioria foi em áreas de situação de risco, onde — argumenta — “não há como negociar”. Ela também diz que conversa com vários moradores, por meio das subprefeituras, até que as possibilidades se esgotem. Os relatos de entidades que atuam em prol das comunidades, no entanto, são diferentes. As denúncias são de irregularidades no processo de remoção e abusos, como indenizações baixas, falta de diálogo, coação e uso de violência psicológica.

Notas que dizem tudo

1 – O ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa foi considerado culpado por desvio de R$ 5 milhões. Condenado a 13 anos e 4 meses de prisão, Ronaldo Lessa, que continua solto, disse que vai recorrer. Além de Lessa, foram condenados quatro funcionários alagoanos e o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, que tocava a obra que gerou a roubalheira.

2 – Ficou provado que a Polícia Militar do Rio de Janeiro atacou, com bombas de efeito e tiros de borracha, cidadãos e crianças que estavam n uma lanchonete no bairro das Laranjeiras, no Rio. Os meganhas invadiram também a Casa de Saúde Pinheiro Machado, ferindo pessoas que estavam no estabelecimento, inclusive uma senhora cardiopata.

Nenhum comentário:

Postar um comentário