Jornal do Velhote do Penedo
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Edição Extra *
Um jornal
a serviço de ideias desabusadas
Não votem nele!
Ontem,
o governador Sérgio Cabral reuniu a imprensa e fez um compungido ato de fé:
disse que estava arrependido da violência da polícia que ele comanda, das
acusações (falsas) que fez a presos desarmados e espancados e informou que não
mais usará os helicópteros do Estado nos seus alegres passeios familiares.
Disse,
fingindo emoção, que aprendera com o Papa a ouvir o outro lado. “Estava me
faltando humildade”, confessou. Sobre o superfaturamento das obras do Maracanã,
nada disse. Nem sobre as vítimas da região serrana, até hoje desassistidas,
quatro anos após os deslizamentos e
enchentes que mataram mais de 500 pessoas e destruíram mais de 200 casas.
Pediu
aos manifestantes que não fizessem mais agitação em frente ao prédio que
reside, numa das ruas mais nobres do bairro mais nobre do Rio de Janeiro.
Concluiu dizendo que “não era um ditador”. Como todo político disse acreditar
piamente na democracia.
Assim
se resume a entrevista do governador Sérgio Cabral. O Velho Professor do Penedo
está convicto de que ela foi, antes de tudo, uma farsa. Sérgio Cabral é um
político da pior tradição: é cínico, já demonstrou não ter nenhum respeito pelo
povo. Um farsante. Um crápula. Na própria manifestação pública no Rio não
hesitará – como não hesitou até hoje – a enviar a sua tropa de meganhas baixar o cacete
no povo. Sem dó, sem piedade e sem humildade.
Povo
do Rio de Janeiro: todo cuidado é pouco!
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