terça-feira, 8 de setembro de 2015

E viva o Brasil!


Da série: O ser humano nunca me decepcionou ou Governo sem rumo.

Ia hoje escrever a terceira lista de craques inesquecíveis que eu vi jogar, mas alguns fatos pedem minhas atenções. Aproveito a ocasião, para informar a um amigo que me mandou um email que o Heleno de Freitas não constará das minhas listas porque eu não vi atuar. Vamos, então, a alguns fatos que justificam a série.
O mundo ficou chocado com a imagem de um menino sírio, de três anos, morto afogado numa praia turca. Não era para menos. Tristeza imensa, que mereceu ampla divulgação nas redes sociais e pôs em evidência a questão dos refugiados.
 
Contudo, poucos souberam que em São Paulo, bem no centro da cidade de São Paulo, a polícia encontrou num apartamento o corpo de um menino, aparentando ter cinco anos. A criança estava embrulhada em plásticos dentro de um freezer. A criança se chamava Ezra e tinha nascido na África do Sul. Os pais da criança estão desaparecidos.      


  Como de hábito, o Velhote do Penedo levantou-se lá pelas seis horas e mergulhou na leitura de “O amanuense Belmiro”, de Cyro dos Anjos. Livro notável. Às dez, ligou a TV – e viu a imagem da “tia” Dilma, muito séria, de pé no Rolls Royce presidencial sendo escoltada por um tanque de guerra (outro vinha mais atrás), tendo à direita vários carros com segurança e, à esquerda, uma tropa embalada.
 
 Afinal temia-se um atentado? De quem? Agora acachapante mesmo foi o muro de aço que bloqueava o acesso do povão. Coisa feia e, ao mesmo tempo, melancólica. O pessoal do PCdoB deve ter exultado: nunca a Praça dos Três Poderes lembrou tanto a Albânia, do sempre pranteado Enver Hoxha, o farol da humanidade. Em face de visões tão inacreditáveis e pensamentos tão tenebrosos, desliguei a TV e voltei ao Cyro dos Anjos. 


 Para terminar: cálculo feito por auditores da Receita Federal demonstra que “tia” Dilma deu R$ 458 bilhões de desonerações, valor que garantiria o custo do programa Bolsa Família por 17 anos seguidos, ou seja, até 2032. Para um governo que, segundo diz, fez opção pelos pobres, é estranho tanto benefício aos do andar de cima. Isto sem contar os bilhões saqueados da Petrobrás.


 E por falar em Petrobrás: estou esperando que amigos meus, petistas renitentes, escrevam uma linha sequer condenando a roubalheira da Petrobrás.
 
Uma “pérola” da “tia” Dilma: “Chover é bom. Mas tem hora que quem tá na chuva não quer ficar na chuva”.

Prefiro o Saramago: "De degrau em degrau, vamos descer até o grunhido".

Abaixo, fotos do Desfile do Sete de Setembro (2015), em Brasília.
 

 

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