segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O cerco está se fechando - II


Acarajé apimentado

A operação Lava-Jato lançou, hoje, segunda-feira, 22 de fevereiro, uma nova etapa de investigações. Trata-se da operação Acarajé.

No momento em que escrevo agentes da Polícia Federal, apoiado por uma equipe de polígrafos, procuram desvendar mensagens que foram trocadas entre dirigentes da Odebrecht e dirigentes do PT. A coisa embolou, pois um dos investigados é o João Santana, marqueteiro de Lula e Dilma, sobre quem pesam suspeitas de ter recebido da empreiteira duas parcelas de três milhões, grana esta oriunda do roubo na Petrobrás.

A cada dia, portanto, as investigações chegam mais perto do Palácio do Planalto – e dos dois principais atores do PT: Lula e Dilma. João Santana não é apenas um marqueteiro: conforme é dito no próprio governo ele é o ministro da Comunicação da presidente.

No fundo, eu lamento que um partido como o PT, que nasceu numa região operária, defendendo uma linha de atuação ética e voltada para a transformação social, tenha chegado ao ponto que chegou. Uma pena. Inclusive porque o PT desmoralizou a esquerda, achincalhou os seus eleitores e levou o Brasil a uma crise braba, cuja saída não é vislumbrável. Hoje, convivemos com carestia, desemprego, violência urbana, derrocada da saúde e da educação.

Veremos nos próximos dias o desdobramento do “acarajé apimentado”.

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