quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O cerco está se fechando


Deram no pé!

Lula e D. Marisa, por força de uma liminar meio marota, não compareceram à Promotoria de São Paulo para depor em processo que investiga o tríplex do Guarujá.
Tal fato evidencia que Lula teme fazer um depoimento sobre o assunto. Se o ex-presidente obteve uma vitória (jurídica) momentânea com a suspensão do depoimento, sofreu, por outro lado, séria derrota política, inclusive porque amplificou as suspeitas (ou certezas) de que há um tremendo caroço naquele angu.

É claro que Lula sabia que a sua ausência ia pegar muito mal, mas, pensando bem, o que ele podia fazer?

Não é exagero supor que Lula sabia que os indícios contra ele eram tão contundentes, que as perguntas que lhe seriam feitas seriam apimentadas. Sem saída, aceitou a iniciativa do deputado Paulo Teixeira que encaminhou ao Conselho Nacional do Ministério Público o pedido de suspensão do depoimento, obtendo liminar. Melhor o desgaste político que o enfrentamento de um interrogatório.

O episódio do tríplex (e do sítio) deixa claro uma sucessão de erros e de escamoteações, a começar pelas relações espúrias de Lula com as grandes empreiteiras, cujos diretores estão entregando tudo. Lealdade – Lula sabe disso - tem limites.

Hoje, uma quarta-feira, um bando de “trabalhadores” postou-se diante da Promotoria, a fim de prestigiar o grande líder. Fizeram arruaça, mas isto não é o mais importante: o que faziam “trabalhadores”, em hora de expediente, na manifestação? Havia, inclusive, um carro de som.

Desconfio que não eram trabalhadores – e, sim, lumpemproletários, talvez desempregados, mas profissionais de manifestações, cuja remuneração, per capita, é 150 ou 200 pratas e uma quentinha.

A pergunta final é inevitável: quem pagou o pagode?

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