Não sou petista, mas tenho
amigos que são. Respeito. Fui pedetista, mas não sou mais. Não posso pertencer a
um partido que traiu suas prioridades e é presidido pelo Lupi. Durante muito
tempo, eu me mantive contrário ao impedimento de Dilma, embora eu estivesse
convicto de que ela cometeu crime de responsabilidade.
Em março do ano passado,
participei de uma reunião no Senado onde defendi o impossível: um amplo diálogo
nacional, reunindo políticos e representantes da sociedade, a formulação de um
projeto de reformas, como forma de superação da crise política e econômica que,
a meu ver, iria evoluir, chegando à asfixia do país. Mas alertei: isto só poderia
acontecer se Dilma o liderasse. Lamentei: mas ela não o faria, devido sua
arrogância e autossuficiência.
Chegamos praticamente ao fim
de um ciclo – e talvez ao início de outro. Não sei o que vai acontecer. Sei,
contudo, de algumas coisas: 1) o PT sairá duramente abalado de tudo isso - e
isto ficará patente nas eleições deste ano; 2) O PDT, idem; 3) Não vai ser
fácil consertar os estragos produzidos por Dilma.
O PT plantou sua própria débâcle.
Plantou e está colhendo. Dilma chegou a ter mais de 70% de aprovação. Jogou no
lixo esse capital.
Arrogância e incompetência. Não poderia ser pior.
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