Como não
tenho paciência, vi apenas trechos do discurso de Lula. Lembrou-me os famosos
discursos de Jânio Quadros, que, pelo menos, sabia português.
Lula mentiu,
tergiversou, desconversou – com o objetivo de politizar a denúncia que foi
feita contra ele pelo procurador Deltan Dallagnol. Lula mentiu, por exemplo,
quando afirmou que o procurador disse que “não temos prova, temos convicção”.
As redes sociais petistas estão espalhando isto, como, semana passada,
espalharam que a reforma trabalhista proposta por Temer tinha como objetivo
estabelecer carga de trabalho de 12 horas.
O procurador
disse que “provas são pedaços da realidade, que geram convicção sobre um determinado
fato ou hipótese”. A tradução feita por Lula é um verdadeiro esculacho, próprio
de quem convive com a mentira, a torpeza e a enganação – e tem muito que
esconder. Lula não respondeu as acusações que lhe foram feitas, que eram
específicas: a propriedade do triplex no Guarujá e o pagamento por empreiteiras
da guarda das suas tralhas, muitas delas pertencentes à União, que Lula tentou
estarrar.
Em momento
algum do discurso, Lula falou ou se referiu à crise que hoje penaliza o povo
que ele tanto reverenciou. Nada disse sobre o desemprego de quase 13 milhões de
brasileiros, que afeta mais de 30 milhões de pessoas. Nada disse sobre o
endividamento da população, vítimas do monstruoso modelo “nacional-consumista”
que ele implantou e Dilma, sua pupila, exacerbou. Nada disse sobre a carestia,
que atinge o comércio – e a aquisição de alimentos pelos pobres. Nada falou da
crise imobiliária, da inflação. Falou de um país que só existe nos seus
devaneios etílicos.
Não lhe
faltou sequer escrúpulo para afirmar que o “PT é o maior partido de esquerda da
América Latina”. Boquirroto, comparou-se a Jesus Cristo, Tiradentes, Getúlio
Vargas, Jango e Juscelino. Tanto devaneio e tanta impostura só podia mesmo
resultar numa frase, onde se percebe a influência da Dilma:
“As pessoas achincalham muito a política,
mas a profissão mais honesta é a de político, porque todo ano, por mais ladrão
que ele seja, ele tem que ir pra rua e pedir voto”.
Agora, meus amigos, explica o que Lula quis
dizer.
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