quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Sobrevivente


Tive sempre grande vontade de escrever romances. Quando eu tinha uns quinze anos, escrevi “O azul do céu”, uma história (tola) que intentava contar a guerra entre duas famílias numa cidadezinha do sertão nordestino. A história era boa, embora ela carecesse de originalidade. Ruim mesmo era o romance. Um dia, pulverizei os originais.

Muitos anos depois, escrevi um romance do qual gosto muito: “Mata do São Francisco”, uma cidade (município) fictícia localizada no baixo São Francisco, entre Penedo e Piaçabuçu. Enviei o romance para um concurso literário, do qual participaram mais de 2.300 trabalhos. Vinte textos foram selecionados, o meu entre eles. Não ganhei, mas fiquei em 8º lugar, segundo fui informado. Bom resultado, sem dúvida - mas não suficiente para o Velhote levar o que, de fato, lhe interessava: os 30 mil reais de prêmio.

Agora, acabo de lançar “Sobrevivente”, pela Verbena Editora, disponível exclusivamente em “e-book”. É o meu 12º livro. A ilustração, ao lado, informa onde se pode adquirir o livro.

“Sobrevivente” seria, tecnicamente, uma “quase autobiografia”, exceto nas partes em que a imaginação e o esquecimento do real dominaram a escrita. Entenderam? Confuso, mas é isto mesmo. É como um muro, onde os tijolos são colados um ao outro por uma argamassa de cimento.

O personagem Vitor – por coincidência, nome do meu neto – viveu intensamente. Quem me conhece saberá separar o que em “Sobrevivente” é memória ou ficção – ou um pouco de uma e outra. Os demais leitores certamente não ficarão indiferentes às peripécias vividas por Vitor.

O título – “Sobrevivente” - não é uma alegoria. Vitor é, de fato, um sobrevivente, um sujeito que enfrentou situações complicadas e difíceis, muitas das quais impostas a ele por circunstâncias históricas e pessoais. Vitor encarou tudo de frente. Valeu a pena?

Espero que os leitores gostem do livro. Foi escrito com emoção, dor e esperança.

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