Um
país como o nosso não merece um Supremo Tribunal Federal como esse que nós
temos. Estou ouvindo agora o voto do decano, uma figura que a todo voto que
proclama, destila o chamado falso saber, repleto de citações, no melhor estilo
Marques de Maricá e Conselheiro Acácio. E a Weber? E o Lev? E o Totó? E o Gigi? E o Marquinho? O Brasil me exaure. Não preciso dizer mais nada. É preciso mudar de assunto,
pois o STF é contaminante.
No
dia 14 de setembro de 2018, em meio à campanha eleitoral no Brasil, esteve
entre nós Teodorin Obiang, filho do ditador Teodoro Obiang, da Guiné
Equatorial. Em princípio, nada demais: o Brasil mantém relações diplomáticas e
comerciais com o país africano - e Teodorin Obiang, além de laços de parentesco
com o ditador, é também vice-presidente da Guiné Equatorial e será sucessor do
pai. Durante os governos petistas, a Guiné foi país muito próximo ao Brasil, ao
ponto de o presidente Lula ter servido de ponte entre empresas brasileiras e o
ditador Obiang, do qual resultaram obras públicas, superfaturamentos e
propinas. Mas isto é outra história.
Teodorin
Obiang, ao desembarcar no Brasil, foi flagrado com duas malas altamente
suspeitas: numa delas estavam guardados 1,4 milhões de dólares e na outra,
vários relógios de luxo, cujo valor superavam os 500 mil dólares. As duas malas
foram confiscadas – e Obiang permaneceu apenas dois dias no Brasil, pois tinha
um compromisso em Singapura. Ninguém vai me convencer que o Rio de Janeiro era
uma conexão entre Malabo (capital da Guiné) e Singapura. O ditador filho veio
ao Brasil por algum motivo, certamente inconfessável.
A
história toda, portanto, é bem estranha, suspeita e misteriosa, pois não se
pode admitir que Obiang iria gastar aquele dinheirama todo em 48 horas. Como
não se supõe que ele usaria tantos relógios em estada tão curta. Como ele
viajava em avião particular não haveria razão para ele desembarcar com a
dinheirama. Podia deixa-la no cofre da aeronave. Que dinheiro e relógios,
enfim, eram aqueles?
Este
será mais um mistério da história brasileira. Será? Li esta semana que o PT irá
convocar seus militantes para cobrir os gastos de campanha de Haddad. Não sei a
quanto atinge o buraco, mas como o candidato do PT deslocava-se pelo Brasil num
jatinho alugado ele (o buraco) deve ser bem fundo.
Falei
do ditador Obiang e suas misteriosas malas. Depois falei do rombo nas contas do
PT. As duas histórias têm algo em comum?
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